quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008

Vultos médicos de Setúbal


Vultos médicos de Setúbal

MACHADO, J. T. Montalvão

Setúbal, Junta Distrital de Setúbal, 1961

A obra:
Conferência realizada no salão nobre da Câmara Municipal de Setúbal, em 11 de Novembro de 1960, por iniciativa dos «Serões Médicos de Setúbal» e incorporada na celebração do primeiro centenário da cidade.

O autor:
José Timóteo Montalvão Machado (Chaves, 1892 – Lisboa, 1985), médico, era delegado de saúde do distrito de Setúbal quando proferiu esta conferência.

Os vultos médicos:
O autor fala, entre outros, de Manuel Rodrigues Coelho (nascido em Setúbal, em 2 de Fevereiro de 1687), autor da Pharmacopeia Tubalense Chimico-Galenica, Vicente José de Carvalho (Setubal 1792 - Porto 1851), professor de Anatomia e Fisiologia da Escola Médica do Porto, António Rodrigues Manito (natural de Coimbra), Francisco Aires Soveral (natural de Belas, Sintra), Domingos Garcia Peres (natural de Moura), Fernando Garcia (natural da Vidigueira, que começou a exercer clínica em Setúbal em 1907), Francisco de Paula Borba (Angra do Heroísmo, 1872 - Setúbal, 26 de Setembro de 1934).

Assim começou a conferência:
«Vultos médicos de Setúbal!...
Que tema tão aliciante, para ir em peregrinação através dos séculos, quais romeiros da História, que, de túmulo em túmulo, vão visitar os grandes da nossa arte, aqueles que por suas qualidades e virtudes deixaram rasto indestrutível na vida terrena.
Vultos médicos de Setúbal! Que em séculos passados vos entregastes a socorrer os enfermos, por essas ruelas e travessas do velho burgo sadino, subindo as escadarias dos poderosos, entrando nas choupanas dos humildes, tantas vezes sucumbindo com eles e no meio de eles, em tempo de epidemia, vitimados em nome do dever profissional, pela peste, pelas bexigas ou pelo tabardilho.
Vultos médicos de Setúbal! Vai para vós o preito mais respeitoso das minhas homenagens, acompanhado das minhas prévias desculpas, porque hei de ser fatalmente e involuntariamente injusto, pela pobreza de informações que encontrei ao meu dispor, mesmo depois de sacudir o pó aos velhos alfarrábios em que se pode alicerçar a história da Medicina em Portugal.»

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